Quando estamos planejando uma viagem ou uma mudança para um novo país, uma série de perguntas vem à nossa cabeça, isso é normal. Como eu estou aqui para ajudar você ao máximo com sua trajetória, coloquei aqui todas as perguntas que eu recebo com frequência. Espero que este conteúdo esclareça suas dúvidas Brasileirinho(a), vamos lá?

No dia 31 de janeiro de 2020, o Reino Unido começou oficialmente a sair da União Europeia. Ou seja, em 2022, Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales não fazem mais parte da União Europeia. 

Necessidade de passaporte

Após o Brexit, o Reino Unido deixou de pertencer à União Europeia. Portanto, o cidadão europeu que quiser ingressar na Grã-Bretanha, terá que apresentar o passaporte como os turistas dos demais países não europeus. Portanto, nada de filas especiais.

Simplificando, os cidadãos europeus podem visitar o Reino Unido para turismo, estudo, negócios por até 6 meses, e outras atividades autorizadas pelo governo por um período maior. No entanto caso planeje morar ou estender sua estadia será preciso emitir um visto específico para o seu objetivo. A livre circulação entre britânicos e europeus não existe mais.

Necessidade de visto

Turismo: o visto não é obrigatório para viagens de turismo de até 6 meses, mas é obrigatório passar pelo controle imigratório e receber o carimbo no passaporte. Os cidadãos europeus podem ficar até 6 meses por motivo de turismo, estudo, voluntariado, podendo esse período ser ampliado por até 12 meses.

Trabalho: para os brasileiros que possuem dupla cidadania e pretendem trabalhar no Reino Unido, devem cumprir alguns requisitos do novo sistema de pontos. Portanto, é necessário visto para trabalhar e deve se cumprir alguns requisitos, como: ser fluente em inglês; apresentar contrato de trabalho; ter um salário de no mínimo £25.600

É fácil conseguir esses requisitos?               

                                        No meu ponto de vista, não.

As novas regras se aplicam a todos os estrangeiros que planejam trabalhar no Reino Unido, inclusive para brasileiros que possuem dupla cidadania.

Obs: Os estrangeiros que trabalhavam legalmente no Reino Unido antes de 2020 não precisam se submeter ao novo sistema de pontos para conseguir o visto (que foi o meu caso).

Muitas pessoas me perguntam se é possível morar em um país sem falar o idioma, e a resposta é SIM.  O mais importante é que você tenha intenção em aprender a idioma. Eu já morei na Itália e no dia a dia fui aprendendo coisas novas e conseguindo me comunicar, atualmente eu moro na Escócia e estou novamente aprendendo o idioma e perdendo a vergonha de me comunicar.

Se possível, estude o idioma antes de vir, não se engane o básico vai te ajudar muito, todo o processo de morar em outro país se tornará muito mais fácil sabendo o básico do idioma. Há vários aplicativos, sites e apostilas na internet e grande parte deles são gratuitos. Se quer começar a estudar hoje, não desanime por ter que começar pelo básico, e entenda que tudo bem errar e sentir vergonha. Meu inglês é péssimo por sinal. hahah

Caso você seja descendente de imigrantes europeus, em alguns casos, você poderá solicitar o seu passaporte vermelho/ obter dupla cidadania. O Brasil foi formado por muitos imigrantes e permite que brasileiros recorram à cidadania europeia pelo direito de sangue.

Cada país europeu define sua própria regra para considerar a cidadania europeia por descendência, as três cidadanias mais comuns aos brasileiros são: portuguesa, italiana e espanhola.

Para conseguir o reconhecimento da cidadania europeia é preciso comprovar um vínculo de sangue com o ancestral através de documentos como certidões de nascimento, casamento e óbito. Todos os documentos necessários para requerer a dupla cidadania europeia devem ser traduzidos por um tradutor juramentado e apostilados em Apostila de Haia.

Como saber se eu tenho descendência?

Primeira dica que eu posso dar é pergunte aos seus pais e avós ou qualquer outro familiar que se lembre do passado da família. Quanto mais informações tiver, melhor!! Você pode começar por si mesmo e ir subindo os dados, conforme vai obtendo mais informações . Anote os nomes, datas de nascimento, se eles são nascidos no Brasil ou no Exterior.

Busca em Cartório

Muitos cartórios brasileiros permitem que se façam buscas de forma online em seus arquivos, mas naqueles em que isso não for possível, a dica é visitá-los pessoalmente ou contratar uma empresa especializada em busca de documentos. Eu fiz grande parte sozinha para economizar, por que não é barato pagar pela busca de documentos.

Você deve analisar as certidões de nascimentos, e de casamentos, pois eles são sempre requisitados no processo de cidadania. Além disso, é por meio deles que se pode descobrir sua descendência de um nacional europeu.

Sites para busca de imigrantes

Na internet, você pode encontrar sites que auxiliam na busca de imigrantes para o Brasil, esses sites possuem acervos de documentos, que no caso são os passaportes dos imigrantes, presentes nesses locais da internet.

Por meio da pesquisa do nome do seu ascendente e da data de nascimento do mesmo, é possível encontrar as informações necessárias para saber se ele era ou não europeu. Os principais sites são: Family Search, ForeBears, site do Museu da Imigração do Estado de São Paulo e também pode procurar pelos acervos públicos de cada estado.

Árvore Genealógica 

Ligada diretamente a primeira dica que eu dei, já que você vai precisar do auxílio de parentes ainda vivos, assim por meio deles você pode ir construindo uma árvore genealógica, anotando nomes, datas, locais de nascimento e tudo que for relevante. Você deve começar por você e depois ir subindo para o seus pais, avós, bisavós e trisavós. 

Quanto mais informações corretas você tiver, maiores as chances de saber se você realmente possui alguma descendência europeia. Tenha paciência, não é um processo fácil mas super vale a pena!